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[SAGRADO PLAY&PRAY] Episódio #10 - O discurso do Rei

Email Facebook LinkedIn Print Twitter 23 de Julho de 2020
Direção de Tom Hooper
Duração 118’ | Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte | 2010
Classificação Indicativa: 
12 - Não recomendado para menores de 12 anos

 

Episódio disponível nas plataformas:

  

Os seres humanos são, por natureza, limitados. Mas nosso intuito aqui não é olhar para isso de maneira pessimista ou, menos ainda, limitante. O estrelado filme, ganhador de 4 Oscars e outros 106 prêmios, trata de um Rei que era gago. Na verdade, ele trata de dois dilemas: o primeiro, de sua eleição quase “forçada” pela renúncia do irmão, que teria o privilégio; e o segundo, sua gagueira, que lhe causava sérios constrangimentos perante seus compromissos de falar em público.

Podemos afirmar que é cada vez mais verdade: dependemos uns dos outros. E, neste filme, os personagens que rodeiam o protagonista demonstram isso, cada um a sua maneira. A esposa e o amigo “doutor”, de forma especial, fazem perceber que a superação alcançada por Sua Majestade não seria possível sem auxílios externos. 

Em nossa vida passamos por dilemas pessoais, mais cedo ou mais tarde. E algumas das limitações que encontramos em nós mesmos parecem nos humilhar e deixar nossa vida, às vezes, mais sombria e difícil. Mas, pela graça de Deus, anjos sem asas não nos faltam para nos apoiar e acreditar em nossa capacidade de superar problemas que, aos nossos olhos, podem parecer intransponíveis. Graças a Deus, para muitas das dificuldades físicas que encontramos, a medicina e a pesquisa conseguiram desenvolver medicamentos e tratamentos que ajudam a melhorar nossa capacidade de viver com tranquilidade.

Quando, porém, tratam-se de obstáculos internos, precisamos de auxílios humanos e divinos. 

 

Depois de ver o filme, algumas indicações para a oração:

Um olhar para Deus e para si

Faz bem olhar no espelho e reconhecer a si mesmo. Arrisco dizer que todos, em algum momento da vida, passam por questionamentos como: Quem sou eu? Quais são minhas maiores qualidades e limitações? O que estou fazendo neste mundo? Como fazer para desenvolver o que há de melhor em mim e tornar maleável aquilo que me atrapalha?

Um olhar sincero para si alimenta a humildade e permite superar humilhações. Nosso problema, às vezes, é que nunca olhamos para nós (ou até para os outros) com um olhar de verdade, mas sim de julgamento. E talvez esse deva ser o primeiro obstáculo a ser superado. Que tal acrescentar outra pergunta que nos ajuda nesse processo de reconhecimento: Como Deus me vê? Não no sentido antigo de que Deus me olha e vê minhas ações como um que “anota no caderno de faltas”, mas como um Pai, um amigo. Como Ele me vê? 

A verdade é revelada no encontro

A partir desse olhar interior, que passa por alguém que me ama, — e não só por mim mesmo — é possível perceber onde posso encontrar uma verdadeira fonte de confiança. Em quem confia em mim, e em Deus.

Minha verdade é revelada no encontro: Encontro comigo, com Deus e com o Outro. E, aqui, posso me moldar, desde que minha docilidade seja também, de algum modo, ativada. Devo, sim, render graças a Deus, pois ninguém entra ou sai de nossa vida por acaso. Uma velha frase diz que todos os que passam “deixam um pouco de si” e “levam um pouco de nós”. Sim, nossa vida é transformada, moldada e revelada pelas relações que construímos. 

Nossos modelos

Enfim, para não nos sentirmos totalmente perdidos nesta encruzilhada de encontros, sempre me ajuda pensar na vida e no exemplo dos santos. Eles foram pessoas capazes de olharem para si mesmos com verdade e sinceridade, mas nenhuma de suas limitações foi capaz de “pará-los” no caminho.

Aqui entra a chave da confiança em Deus. Ele quer agir através de nós. Ele escolheu ser como nós e, ainda hoje, conta conosco para ser presença de amor, de amizade e de solidariedade. Quantos à nossa volta sofrem por falta de ouvidos, de amizades, de presença... Que Ele nos dê a graça de não nos bloquearmos por aquilo que há de não-perfeito, para deixar que Ele se use sempre de nossa imperfeição, totalmente, para o anúncio do seu Reino. 


Convido a rezar uma passagem da Sagrada Escritura que se encaixa bem com este pequeno filme e tê-la em mente nos próximos dias. Talvez escrevendo o trecho que mais lhe tocou em uma folha e pendurá-la em um local de passagem ou estratégico da casa. 

"Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel, o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade de sua fé.Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor, achará esse amigo. Quem teme ao Senhor terá também uma excelente amizade, pois seu amigo lhe será semelhante."
(Eclesiástico 6:14-17)

Para finalizar o momento de oração:

Dá-me, Senhor, o teu olhar
Sobre mim e sobre a humanidade
Que eu saiba olhar com verdade
E sem pessimismo.
Quero ter os teus mesmos sentimentos
Para não me bloquear por minhas limitações
E para ser presença vivificante no mundo.
Amém.

Sugestões de temas a serem trabalhados: Amizade, Superação, Guerra, Liderança, Família, Limitações
Sinopse: 
The King's Speech conta a história do homem que se tornou o rei George VI (Colin Firth), pai da rainha Elizabeth II . Após a abdicação de seu irmão, George ("Bertie") relutantemente assume o trono. Atormentado por uma gagueira terrível considerada imprópria para ser rei, Bertie envolve a ajuda de um terapeuta da fala pouco ortodoxo chamado Lionel Logue (Geoffrey Rush). Através de um conjunto de técnicas inesperadas Bertie é capaz de encontrar sua voz e corajosamente levar o país à guerra.
Ficha Técnica:
Título: The King's Speech (Original)
Ano produção: 2010
Dirigido por: Tom Hooper
Estreia: 2011 (Brasil)
Duração: 118 minutos
Classificação: 12 - Não recomendado para menores de 12 anos
Gênero: Biografia Drama História
Países de Origem: Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte